segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Deixar de fumar antes dos 40 devolve 10 anos de vida

Estudo publicado no “New England Journal of Medicine”

Os indivíduos que deixam de fumar antes dos 40 anos têm uma longevidade praticamente igual à das pessoas que nunca fumaram, sugere um estudo publicado no “New England Journal of Medicine”.

Os homens e mulheres que fumam perdem 10 anos de vida. Os fumadores com idades compreendidas entre os 25 e os 79 anos têm uma taxa de mortalidade três vezes maior em comparação com os indivíduos que nunca fumaram. Na verdade, estes últimos indivíduos têm uma probabilidade duas vezes maior de viver até aos 80, comparativamente com os fumadores.

Neste estudo, os investigadores St. Michael's Hospital, não EUA, decidiram analisar os riscos envolvidos no tabagismo, assim como os benefícios de deixar de fumar, tendo para tal estudado os dados clínicos de mais de 200.000 indivíduos.

Os investigadores verificaram que os indivíduos que deixavam de fumar, entre os 35 e 44 anos, ganhavam nove anos de vida e os que deixavam entre os 45 e 54 e entre os 55 e 64 aumentavam a sua esperança de vida em seis e quatro anos, respetivamente.

“Deixar de fumar antes dos 40, e de preferência bem antes dos 40, devolve quase toda a década perdida. Isto não significa que é seguro fumar até aos 40. Os ex-fumadores continuam a ter um risco de morrer precocemente, comparativamente com aqueles que nunca fumaram. Contudo, o risco é pequeno quando comparado com o associado ao tabagismo contínuo”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Prabhat Jha

O estudo refere que cerca de 30 milhões de jovens começam a fumar todos os anos, em todo o mundo e a maioria deles nunca para. Com as tendências atuais, o tabagismo vai causar a morte de 1 bilião de pessoas no século 21 em comparação com os “apenas” 100 milhões de indivíduos no século 20.

Amartya Sem, da Harvard University, não fez parte da equipa de investigação, mas refere: "Este estudo mostra que os riscos associados ao tabagismo são, na realidade, ainda maior do que se pensava. Assim, os resultados são de grande importância a nível mundial”.

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