Estudo do Instituto Nacional de Saúde Pública |
"A diferença deste estudo para outros está em ver qual é o número de factores de risco existentes em cada pessoa. E o número [cerca de 55% em três regiões de Portugal Continental] é alarmante. Pode ser uma pessoa hipertensa que fuma ou uma pessoa obesa com diabetes", disse à agência Lusa a coordenadora do estudo "E-Cor", Mafalda Bourbon.
De acordo com a especialista, o que é "ainda mais preocupante" é o facto de esta percentagem dizer respeito a factores de risco como a diabetes, a hipertensão, o colesterol elevado, o tabagismo e o excesso de peso/obesidade, não estando a ser considerados nestes 55% os hábitos de vida como a dieta ou o sedentarismo.
Mafalda Bourbon refere que "não é faixa etária mais nova [18/35 anos] que regista mais factores de risco", mas considera já que a percentagem nos adultos/jovens é igualmente "preocupante" até porque, diz a investigadora, é este o sector da sociedade que descura mais a prevenção.
"As pessoas têm de ter noção de que têm de controlar mais a sua saúde. Na faixa 18/34 anos, ninguém está muito preocupado com a saúde. E 20% dos adultos/jovens já têm dois factores de risco. E os factores de risco são cumulativos. Quantos mais se tem, a probabilidade de ter um evento cardio-cérebro-vascular aumenta exponencialmente", disse.
O que distingue o "E-Cor" de outros estudos é o facto de este conter uma "caracterização bioquímica muito grande", o que permite "determinar a prevalência do número de factores de risco por pessoa".
O "E-Cor", que teve início em 2012, ainda está em curso prevendo-se que termine no final deste ano, analisa factores de risco biológicos, genéticos e os de estilo de vida.
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