A incontinência urinária (IU) pode ter uma taxa de cura de 90%, assim a procura de ajuda médica quando se sente os primeiros sintomas é essencial, defende a Associação Portuguesa de Urologia (APU) e a Associação Portuguesa de Neuro-Urologia e Uroginecologia (APNUG).
“Hoje em dia não faz sentido as pessoas esconderem esta patologia e isolarem-se, com vergonha e medo que os outros percebam. Graças aos avanços médicos dos últimos anos, temos agora ao nosso alcance terapêuticas capazes de controlar a maior parte das situações. Algumas formas de IU são, inclusivamente, tratadas com medicamentos ou técnicas de reabilitação, e a maioria das cirurgias quase não implica internamento, revelou o urologista do Hospital Santo António e também membro da APU e da APNUG, Miguel Ramos.
Na semana da IC, celebrada entre 10 e 16 de Março a APU e a APNUG referem em comunicado que o tabu e preconceito em volta da IU está muito presente na nossa sociedade. Esta é uma doença que reduz bastante a qualidade de vida dos pacientes e mesmo as perdas ligeiras de urina têm implicações grandes no quotidiano, afetando a relação conjugal.
Assim, a Semana da Incontinência Urinária tem como objetivo contrariar esta tendência e provar que existe esperança para o tratamento desta patologia.
De acordo com um estudo epidemiológico da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, a IU afeta 20% da população com mais de 40 anos. Esta patologia é mais prevalente nas mulheres, a proporção de casos é de três mulheres para cada homem.
APU e APNUG explicam ainda que há vários tipos de incontinência, sendo as mais comuns a incontinência de esforço, a incontinência por imperiosidade ou a mista. A primeira ocorre quando há pequenas perdas de urina quando um indivíduo se ri, tosse, faz exercício, etc. A incontinência por imperiosidade ocorre repentinamente e é acompanhada de uma vontade súbita e intensa de ir à casa de banho. A incontinência mista é uma combinação das duas anteriores.
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