Estudo conduzido pelo Environmental Working Group |
Apenas 25% dos protectores solares oferecem uma protecção forte e ampla contra os raios ultravioleta e levantam pouco problemas para a saúde, de acordo com o Environmental Working Group.
Apesar de nos últimos 35 anos as pessoas terem ganho uma maior e crescente consciência sobre os riscos associados à exposição solar, a taxa do cancro da pele mais fatal, o melanoma, triplicou. Na verdade desde 2000 que tem ocorrido um aumento anual de 19%. O estudo refere que a produção de protectores solares pouco eficazes pode ser parcialmente responsável por este aumento na taxa deste tipo de cancro.
Neste estudo os investigadores decidiram a avaliar a segurança e a eficácia de mais de 1.400 filtros solares, loções, produtos para os lábios, e maquilhagens à venda no mercado em 2013.
"A grande maioria dos protectores solares disponível não é tão bom quanto a maioria das pessoas pensa", revelou, em comunicado de imprensa a líder do estudo, Sonya Lunder.
De acordo com o Environmental Working Group, a Food and Drug Administration, nos EUA, deveria aconselhar as empresas a retirar do mercado os protectores solares com índice de protecção acima dos 50. As pessoas ficam muitas vezes expostas durante períodos mais longos ao sol por causa da publicidade enganosa.
Os autores do estudo também referem que até há pouco tempo os protectores solares ofereciam pouca protecção contra os raios ultravioleta A, os quais penetram mais profundamente na pele, causam mais danos e podem contribuir ou causar cancro.
De acordo com o Environmental Working Group, a utilização de sprays não é aconselhada uma vez que estes não cobrem completamente a pele podendo ser prejudiciais quando inalados. A utilização de protetores com índices de proteção superior a 50 também não é aconselhada, uma vez que estes apenas protegem um pouco mais e podem conduzir a uma falsa perceção e exposição indevida ao sol.
A utilização de protectores solares com vitamina A é também desaconselhada, pois apesar de esta vitamina ter propriedades anti-envelhecimento, o palmitato de retinol, pode acelerar o desenvolvimento de tumores e as lesões da pele exposta ao sol. Na sua composição, os protectores também não deve conter oxibenzona, uma vez que este composto penetra na pele, entra na corrente sanguínea e actua de uma forma semelhante ao estrogénio. Este composto poderá despoletar reacções alérgicas.
Os autores do estudo aconselham ainda a utilização de roupa fresca para proteger a pele dos raios solares, permanecer na sombra para reduzir a exposição solar intensa e agendar exames de pele regulares com um dermatologista.
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